Por Cleiton Gomes
A Porta Dourada, situada na muralha oriental da Cidade Velha de Jerusalém, é um dos monumentos mais significativos tanto em sua dimensão histórica quanto em seu significado teológico. Sua relevância vai além de sua localização estratégica, voltada para o Monte do Templo, pois ocupa um lugar central nas profecias messiânicas. No judaísmo, este portal está intimamente ligado à expectativa da vinda do Messias, conforme descrito em Ezequiel 44:1-2, onde se menciona um portão oriental que permaneceria fechado após o ETERNO passar por ela. Essa passagem foi interpretada como uma referência à entrada futura do Messias em Jerusalém, consolidando-se como um elemento essencial na escatologia judaica.
No século XVI, em meio ao conflito político-religioso entre judeus e muçulmanos, o sultão Solimão, o Magnífico ordenou o selamento da Porta Dourada e a construção de um cemitério muçulmano em sua frente. Essa medida visava impedir o cumprimento das profecias messiânicas, uma vez que, segundo a lei judaica, um sacerdote (cohen) não poderia atravessar um local com sepulturas devido às restrições de pureza ritual. No entanto, os rabinos afirmam que o Messias, sendo uma figura de santidade suprema, não estaria sujeito a tais limitações.
Para nós Netsarim, essa tentativa de obstrução já se mostrou inútil, pois Yeshua cumpriu perfeitamente a profecia ao adentrar Jerusalém pela Porta Dourada em sua entrada triunfal. Vindo do oriente, do Monte das Oliveiras, Ele entrou na cidade montado em um jumento, sendo recebido com hosanas pela multidão (Mateus 21:1-9; João 12:12-16). Esse evento não foi apenas simbólico, mas uma demonstração inequívoca de Sua identidade messiânica. O fato de a porta ter sido selada posteriormente apenas confirma a profecia de Ezequiel: ela foi fechada porque o Messias já a atravessou.
O cemitério muçulmano, portanto, não é um impedimento, mas uma evidência involuntária do cumprimento das Escrituras. Yeshua não apenas cumpriu a expectativa messiânica, mas também revelou o caráter humilde do Messias prometido. Sua passagem pela Porta Dourada não foi um mero acontecimento histórico, mas o cumprimento de uma promessa divina.
Assim, a Porta Dourada permanece não apenas como um marco arquitetônico, mas como um testemunho silencioso da fidelidade do ETERNO às Suas promessas. Sua existência reforça a certeza de que as profecias messiânicas não são meras alegorias, mas realidades concretas que se cumpriram e que apontam para a consumação final. Enquanto muitos ainda aguardam a primeira vinda do Messias, os que creem em Yeshua reconhecem: Ele já veio.
Seja Iluminado!!!
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