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A terra será aniquilada?

 Por Cleiton Gomes


A promessa de novos céus e nova terra é uma das mais profundas e abrangentes mensagens das Escrituras. Ela aponta para uma renovação completa e definitiva da criação, um retorno ao estado ideal planejado pelo Criador. No entanto, para compreendermos o significado dessa promessa, precisamos analisar o contexto bíblico e a linguagem usada pelos profetas e apóstolos para descrever essa transformação.

No livro de Isaías, encontramos a declaração: "Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão" (Isaías 65:17). Aqui, a ideia central não é de destruição total do planeta, mas de uma renovação profunda, onde o sofrimento, a injustiça e a corrupção darão lugar a um estado de harmonia e paz. Essa visão é reafirmada em Isaías 66:22, onde é dito que assim como os novos céus e a nova terra que o Criador fará permanecerão, assim também permanecerá a descendência e o nome de Israel.

Essa promessa é retomada em 2 Pedro 3:13 e Apocalipse 21:1. Pedro fala de um "novo céu e nova terra, onde habita a justiça", e João descreve uma visão na qual o céu e a terra anteriores passam, dando lugar a uma nova realidade. É importante notar que Pedro menciona o fogo como um agente de purificação, mas não como um instrumento de destruição total. A terra, segundo a visão bíblica, será purificada e renovada, e não aniquilada.

A promessa de que a terra será purificada está em harmonia com a aliança feita pelo Criador após o dilúvio. Em Gênesis 9:11, Ele prometeu que nunca mais destruiria toda a terra por causa dos humanos. Essa promessa é um lembrete de que o objetivo final não é a destruição, mas a redenção e restauração de todas as coisas. Em Salmos 37:29, está escrito que "os justos herdarão a terra e habitarão nela para sempre", reforçando a ideia de que a terra renovada será o lar eterno dos santos.

A linguagem de "novos céus e nova terra" também reflete uma transformação espiritual e moral. Em Isaías 11:9, é dito que "não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Criador, como as águas cobrem o mar". Isso aponta para uma realidade em que o pecado e seus efeitos serão completamente removidos, e a justiça e a santidade prevalecerão.

Em Apocalipse 21:3-4, lemos que o Criador habitará com os homens, e eles serão o Seu povo, e Ele enxugará todas as lágrimas, eliminando a morte, a tristeza, o clamor e a dor. Essa descrição não sugere uma aniquilação da terra, mas sim uma renovação em que a presença divina estará plenamente manifesta, transformando todas as coisas.

Os Cavaleiros do Apocalipse

A visão dos cavaleiros do Apocalipse, descrita em Apocalipse 6, retrata eventos catastróficos e julgamentos divinos que, à primeira vista, podem parecer implicar uma destruição total da terra. No entanto, esses eventos precisam ser compreendidos no contexto simbólico e profético do livro.

Os Cavaleiros do Apocalipse são instrumentos de purificação e justiça, que garantem a remoção dos efeitos do pecado e preparam o mundo para a criação de "novos céus e nova terra", onde o ETERNO poderá habitar com Seu povo em um estado de paz e justiça eterna.

  • Cavaleiro do Cavalo Branco (Apocalipse 6:2): Este cavaleiro simboliza a conquista e a eliminação do mal da rebelião e opressão espiritual. Ele representa as vitórias que o ETERNO traz sobre sistemas de poder corruptos e movimentos que enganam e escravizam a humanidade. Essas conquistas não se limitam a guerras históricas, mas também englobam eventos divinos que buscam purificar a humanidade e afastar as forças do mal que dominam o mundo.

  • Cavaleiro do Cavalo Vermelho (Apocalipse 6:4): Representa a guerra e o derramamento de sangue, simbolizando o mal da violência e da injustiça que afligem a terra. Ele traz o juízo divino sobre os conflitos humanos, desmascarando e eliminando a violência que resulta da desobediência ao ETERNO. Ao fazer isso, ele remove as estruturas de opressão e conflito, preparando o caminho para a paz.

  • Cavaleiro do Cavalo Preto (Apocalipse 6:5-6): Este cavaleiro carrega uma balança, simbolizando a fome e a escassez. Ele surge como um juízo sobre a injustiça econômica e a opressão social, que causam desigualdade e miséria. A balança indica que o ETERNO trará justiça ao pesar as ações humanas e corrigir as disparidades, eliminando o mal da exploração e da fome causadas pela injustiça.

  • Cavaleiro do Cavalo Amarelo (Apocalipse 6:8): Este cavaleiro representa a morte e o inferno, simbolizando a eliminação do mal mais profundo: a rebelião final contra o ETERNO e suas consequências. Ele anuncia a remoção da maldade e da corrupção que permeiam a terra, incluindo o pecado e suas consequências devastadoras. Esse juízo é necessário para purificar a criação, removendo a morte e a destruição resultantes da rebelião contra o Criador.


Portanto, a promessa de novos céus e nova terra deve ser entendida como a culminação do plano divino de redenção. A terra não será aniquilada, mas renovada e purificada, tornando-se o lugar perfeito para que os justos habitem eternamente. Os novos céus e nova terra simbolizam a vitória definitiva sobre o pecado, a morte e a corrupção, e a plena manifestação da justiça, da paz e da glória divina entre os homens.


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