José do Egito: Uma Jornada de Fé, Superação e Perdão

 Por Cleiton Gomes


José, filho de Jacó, é uma figura importante no Livro do Gênesis da Bíblia. Sua história explica a residência de Israel no Egito antes e durante a escravidão que sofreram naquele lugar. José era o décimo primeiro filho de Jacó, mas o primeiro filho com Raquel, sendo o favorito por ser filho da mulher que Jacó mais amava. Para casar-se com Raquel, Jacó trabalhou quatorze anos.

A Escritura relata que Jacó deu a José uma túnica longa e ornamentada, muitas vezes descrita como uma “túnica de mangas longas” ou “túnica de muitas cores”. Essa vestimenta era um sinal de favor especial de Jacó por José, despertando inveja e ressentimento nos irmãos. O sonho de José, no qual as estrelas e a lua simbolizavam seus irmãos e pai, curvando-se perante ele, também gerou ressentimentos e raiva. Essa visão profética do rapaz de 17 anos de idade se concretizou quando seus irmãos e Jacó foram ao Egito durante a fome, curvando-se diante de José sem reconhecê-lo inicialmente. A realização da profecia de José destacou a importância dos sonhos e da interpretação divina na narrativa bíblica, ressaltando a sabedoria e o papel profético de José na história de seu povo.

Após ser vendido aos mercadores ismaelitas, José foi levado ao Egito, onde acabou sendo comprado por Potifar. No entanto, a esposa desse homem tentou seduzi-lo. José, contudo, recusou-se a trair sua integridade perante aquela casa. A esposa de Potifar, astuta e com raiva, inventou uma história e o culpou injustamente, resultando em sua prisão. Mesmo encarcerado, sua notável habilidade em interpretar sonhos chamou a atenção do faraó, proporcionando-lhe um caminho para conquistar o favor real e alcançar uma posição elevada no reino. Na prisão, ele conheceu dois funcionários da corte de Faraó: o padeiro e o copeiro. Ambos sonharam em uma mesma noite, e coube a José interpretar tais sonhos. Vale ressaltar que os sonhos na cultura oriental da época eram considerados presságios, e encarados com muita seriedade e importância na vida das pessoas.

O copeiro sonhou com uma videira de três ramos, que brotou, floresceu e deu uvas, as quais ele espremeu na taça de Faraó e entregou a ele. Esse sonho significava que dentro de três dias o copeiro seria tirado da prisão, e retornaria à posição original que lhe pertencia. Após interpretar o sonho, José pediu ao copeiro para se lembrar dele quando estivesse com Faraó, para que ele pudesse ser libertado daquela prisão.

O padeiro, por sua vez, sonhou que sobre sua cabeça havia três cestos. No cesto de cima havia vários tipos de pães e doces que Faraó gostava, porém vinham aves e comiam da cesta que estava sobre sua cabeça. A interpretação desse sonho era que em três dias Faraó tiraria a cabeça do padeiro, pendurá-lo-ia em uma árvore e as aves comeriam a carne dele.

O tempo passou e o chefe dos copeiros contou a Faraó sobre José, que foi convidado a se juntar na mesma sala que ele para interpretar o sonho que tivera. Ele então interpretou o sonho de Faraó, que envolvia sete vacas gordas sendo devoradas por sete vacas magras, e sete espigas cheias sendo devoradas por sete espigas mirradas. Foi explicado que as sete vacas gordas e as sete espigas cheias representavam sete anos de abundância, enquanto as sete vacas magras e as sete espigas mirradas representavam sete anos de fome. Ele aconselhou Faraó a armazenar alimentos durante os anos de fartura para enfrentar os anos de escassez que viriam em seguida. A interpretação de José foi crucial para preparar o Egito para os anos de fome que estavam por vir, e sua sabedoria e discernimento desempenharam um papel significativo na história do Egito e na preservação do povo durante esse período. O resultado dessa interpretação foi a nomeação de José como governador do Egito.

Ser governador do Egito era uma posição de grande poder e autoridade na antiga civilização egípcia. O governador administrava diretamente a capital e cabia a ele decidir sobre a utilização de todos os recursos que o Egito possuía. Ele também seria responsável por intermediar as relações com outros reinos e povos, além de ter autoridade sobre todos os representantes locais do Egito.

José foi vendido como escravo por seus irmãos e sofreu muitas dificuldades antes de se tornar governador do Egito. A Bíblia não fornece a idade exata de José durante esses eventos, mas podemos estimar sua idade com base em algumas informações. Ele foi vendido como escravo aos 17 anos. Após ser vendido, José foi encarcerado e, mais tarde, interpretou os sonhos do faraó, o que o levou a ser nomeado governador do Egito aos 30 anos. Durante os sete anos de fartura previstos por José, sua família veio ao Egito em busca de alimentos, e ele revelou sua identidade aos seus irmãos. José viveu até os 110 anos. Portanto, estima-se que ele passou cerca de 93 anos desde sua venda como escravo até sua morte.

Durante a fome, os irmãos de José foram ao Egito em busca de suprimentos e, sem reconhecê-lo, pediram ajuda ao seu irmão. Ele, que agora ocupava uma posição de destaque no Egito, testou seus irmãos para avaliar se eles haviam mudado o jeito de ser. Após alguns testes, José revelou sua verdadeira identidade a seus irmãos, resultando em um encontro emocionante e carregado de perdão e reconciliação. Após isso, foi providenciado que sua família vivesse no Egito, onde desfrutaram de privilégios e prosperidade.

Não obstante, eles não se atentaram que o governo dos faraós naquela época estava instável e que a qualquer momento algo ruim poderia acontecer. Lembra que após a morte de José outro Faraó tomou conta do Egito e não conhecia os feitos de José?

A história de José, conforme relatada na Bíblia, ocorreu durante um período de grande instabilidade política no Egito, com mudanças significativas no poder e na liderança. A sucessão de faraós no Egito era determinada pela linhagem real, onde o trono era passado de pai para filho. No entanto, houve momentos na história egípcia em que a sucessão foi marcada por conflitos e mudanças de dinastias. Portanto, a ascensão de novos faraós e as mudanças dinásticas no Egito podem ter contribuído para o desconhecimento da história de José por parte de alguns faraós, especialmente durante períodos de transição política e social. E foi assim que antes libertos, agora os israelitas se tornaram escravos no Egito.

Em suma, a história desse homem foi uma jornada de superação, fé e perdão, repleta de lições valiosas que ressoam até os dias de hoje. José enfrentou inúmeras adversidades, desde a inveja de seus irmãos, a injustiça de ser vendido como escravo, da injustiça de ser encarcerado pelo engano de uma mulher vulgar. No entanto, em meio a todas as dificuldades, José manteve sua fé inabalável no ETERNO. Sua história nos ensina que, mesmo nos momentos mais sombrios, podemos encontrar força na presença divina.

Essa história nos ensina que, mesmo quando tudo parece difícil, podemos encontrar força e esperança no ETERNO. A motivação vem dele, Ele é a fonte da vida e da energia. Devemos escolher ser motivados por Ele todos os dias, buscando Sua presença e confiando em Sua força para vencer todas as dificuldades. Essa história também é um exemplo poderoso de perdão, reconciliação e da providência divina, demonstrando como uma história de adversidade pode ser transformada em uma narrativa de redenção e unidade familiar.


Que a história de José nos inspire a enfrentar nossos desafios com coragem, fé e determinação, confiando que o ETERNO está conosco em cada passo do caminho. Que a motivação no Divino nos conduza à realização dos propósitos divinos em nossas vidas, capacitando-nos a superar todas as adversidades.


Seja iluminado!!!

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