Ao longo dos séculos, inúmeros cristãos, tanto católicos quanto protestantes, celebram o Natal como a data oficial do nascimento de Yeshua (Jesus). Nesse período, as famílias se reúnem em festividades repletas de alimentos e presentes, criando um ambiente de extrema felicidade.
Apesar da cerimônia festiva, é crucial destacar que o Natal em si não possui uma ligação direta com os ensinamentos da Escritura Sagrada. Ela não apresenta indícios de que os primeiros discípulos de Yeshua celebravam uma festa em 25 de dezembro para marcar o nascimento do Messias.
Somente após o século IV, aproximadamente 300 anos após Yeshua e os apóstolos, foi que a ideia de comemorar o Natal em memória do Santo Menino se difundiu. Mesmo com a introdução dessa crença, ela não foi acolhida com unanimidade pelos estudiosos; muitos debates surgiram sobre a data apropriada para a celebração e, por algum tempo, alguns comemoravam a data em 06 de janeiro. Sim, historicamente, o Natal foi inicialmente associado a diferentes datas, e 06 de janeiro foi uma delas.
A escolha do dia 25 foi alvo de diversas discussões, uma vez que visavam colocar Yeshua como foco principal, no lugar da data de “festividades solares” comemorada por outras nações. Importa lembrar que há uma ausência enorme de evidências de que os primeiros cristãos celebravam tal festa. Mesmo Tertuliano (160-225 d.C.), um destacado escritor cristão do início do terceiro século, não fez nenhuma menção à celebração do Natal em suas obras preservadas.
Entre os escritores e líderes da igreja da antiguidade, como Justino Mártir (c.100-165/167), Orígenes (c.184-253/254) e Clemente de Alexandria (c.150-c.215), não encontramos detalhes específicos sobre as origens da celebração do Natal em suas obras conhecidas. Esses autores estavam mais envolvidos em debates teológicos e apologetas cristãos. Portanto, a falta de evidências detalhadas sobre as origens do Natal nos escritos desses primeiros líderes cristãos destaca como a celebração do nascimento de Yeshua não era inicialmente uma ênfase central na teologia ou prática cristã primitiva.
Agora, pergunte-se a si mesmo: o que tem a ver Papai Noel e renas voadoras com o nascimento de Yeshua? O que tem a ver árvores enfeitadas de presentes com o nascimento de Yeshua? O que tem a ver o dia 25, data onde historicamente o sol era adorado por nações que não cultuavam o verdadeiro D’us, com o nascimento de Yeshua? O que tem a ver celebrar um evento tão sagrado quanto o nascimento do Messias associando ele justamente a uma data de cultos idólatras? Se você respondeu “não tem ligação nenhuma”, você está correto.
Dito isso, fica evidente que a data comemorativa dos dias atuais é fruto de sincretismo religioso, a mistura de crenças e tradições das nações. Quem quiser comemorar tal data para preservar as tradições antepassadas, que o faça e se contamine, mas entenda que a data nunca esteve e não está diretamente ligada ao nascimento de Yeshua. Ela está diretamente ligada ao Mitraísmo, a crença no deus Sol dos Persas e Romanos, que segundo o dicionário de mitologias, a data 25 de dezembro é a oficial do nascimento de Mitra, o Natalis Solis Invicti (Dicionário de Mitologias Europeias e Orientais, Tassilo Orpheu Spalding, Ed. Cultrix, 1973, p. 159).
Por isso, medite bem nessas palavras antes de pensar que é apenas uma festa inofensiva:
“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12).
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