Por: Vinícius Santos
A festa de Sucot é celebrada durante sete dias – Deut. 16: 13,14. Em nosso calendário atual, corresponde às datas (09/10/22 até 16/10/22). Nas versões bíblicas em português, esta festa é conhecida como "festa dos tabernáculos".
Repare um detalhe: nos textos em português é dito para "celebrar" a festa, mas, consultando o texto em hebraico, em vez de celebrar é dito para "fazer"e "realizar" (Strong: H6213). Como assim "fazer" e não "celebrar"? É simples, as cabanas são manifestações didáticas da "glória do ETERNO", de modo que quando alguém faz uma cabana estará manifestando a glória de D'us. A explicação para isso é simples, no hebraico proto-sinaítico as letras foram representadas em figuras, e olhando a palavra "Kavod" ("a glória de D'us") verificaremos que faz referência a uma casa sendo segurada pelas mãos do ETERNO.
Geralmente, quando se fala em "glória de D'us", se imagina que se trata de uma luz celestial rodeada de anjos cantando. No entanto, ao verificar os segredos revelados na Guematria (uma espécie de matemática bíblica), veremos que o valor numérico de Kavod é 58, o mesmo encontrado nos nomes Magogue e Noé. Qual é a relação desses nomes com a glória de D'us? Ambos os personagens envolvem histórias de julgamentos do ETERNO sobre os homens. Noé entrou na arca e a Mão de D'us não só a fechou por fora (Gên. 7:16), como também manteve a frágil embarcação de madeira contra as furiosas águas do dilúvio.
Já Magogue será a coalizão contra Israel nos dias finais (Ezequiel, capítulos 38 e 39/Zacarias, cap. 14). Os eruditos alegam que durante essa guerra, os israelitas estarão nos dias de Sucot, dentro das cabanas, sendo protegidos pela Kavod ("Mão de D'us") contra as potentes armas inimigas. Além disso, alguns explicam que a festividade de Sucot é um memorial às colunas de fogo durante a caminhada dos israelitas pelo deserto durante os 40 anos. Conforme a tradição, havia seis colunas aos arredores protegendo-os pelo chão, e uma por cima protegendo-os contra as tempestades, bem como formava uma sombra para proteger do Sol, e aquecia os israelitas durante a noite. Juntando todas as colunas, verifica-se que formavam uma grande cabana, que protegia milhares de israelitas contra os ataques externos.
Durante os dias da festa, somos ordenados a “habitar” na Sucá, uma cabana de construção temporária, com o teto coberto por vegetação, significando a fragilidade e a vida temporária abrigo feito pelo homem, e nossa total dependência da proteção e providência Divina. Assim, ao habitarmos durante sete dias na cabana em obediência ao mandamento do ETERNO, estaremos protegidos. Sem falar que as nuvens também proveram comida (o maná), concluindo que devemos confiar na providência de D'us.
Feliz Festa!
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