O capítulo 21 do livro de Mateus endossa a teologia da substituição?

Por: Cleiton Gomes 


Explicaremos o conteúdo deste capítulo, de modo a mostrar que Yeshua não estava falando palavras de rejeição absoluta contra toda a nação de Israel. 


1) A POLÊMICA SOBRE A AUTORIDADE DE YESHUA. 


Em determinada ocasião, os principais sacerdotes e os anciãos, perguntaram a Yeshua sobre quem tinha lhe dado autoridade para anunciar a Palavra entre as multidões, confira o texto:


"Tendo Yeshua entrado no templo, aproximaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do povo, enquanto ensinava, e perguntaram: com que autoridade fazes tu estas coisas? E quem te deu tal autoridade?" (Mateus 21:23). 


As autoridades religiosas ainda não conheciam Yeshua como o verdadeiro Messias, então questionaram quem teria sido o seu mestre, para poderem entender quem teria lhe dado tal autoridade. Afinal, os sacerdotes, fariseus e outros anciãos, sabiam que Yeshua não havia se formado na comunidade de ensino deles e, pensando não haver ninguém digno fora deles para lhe dar autorização tentaram desmoralizar seus ensinos. Contudo, sabemos que Yeshua era o profeta prometido (Deut. 18:15,18; João 6:14; Atos 3: 22-24). Toda pessoa, quando iria assumir o ministério profético deveria ser ungido, sendo justamente isso que aconteceu durante o batismo de Yeshua (Isaías 61:1; Mateus 3: 13-17; Lucas 4:16-21; Atos 10:38). 


Assim sendo, o Messias possuía autoridade celestial. Mas, cabe registrar que ele também tinha autoridade terrena, o qual recebeu por João, o batizador. Pois, este outro personagem era descendente legítimo dos verdadeiros sacerdotes levitas, fazendo parte de uma importante linhagem sacerdotal, confira o raciocínio:

 

1) Arão gerou Eleazar (Êxodo 6: 23);


2) Eleazar gerou Tsadok (ou: Zadoque/ 1ª Crônicas 24: 3); 


3) Abias era neto de Tsadok (1ª Crônicas 24: 10); 


4) Zacarias descende diretamente da linhagem de Abias (Lucas 1: 5); 


5) João (o batizador) era filho legítimo de Zacarias (Lucas 1: 13); 


6) Logo: João, o batizador, é descendente legítimo da ordem sacerdotal de Arão, tendo total autoridade para assumir o sacerdócio levítico, possuindo autoridade para autorizar outros a anunciar as boas novas. 


É por essa razão que os principais líderes religiosos da época de Yeshua não tiveram coragem de denegrir a imagem de João. Aproveitando a oportunidade, o Mestre Yeshua disse-lhes que não diria a fonte de sua autoridade caso eles não admitissem que João tinha razão quando começou o seu ministério de pregação, confira:


O batismo de João, de onde era? Do céu ou dos homens? Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: então por que não crestes nele? Mas, se dissermos: Dos homens, tememos o povo; porque todos consideram João como profeta. Responderam, pois, a Yeshua: não sabemos. Disse-lhes ele: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas." (Mateus 21:25-27).


E mais: nos dias de João (o batizador) havia muita corrupção no Templo de Jerusalém, ao ponto de sacerdotes levitas deixarem suas atividades no Templo e terem ido formar uma comunidade no deserto, nascendo assim a famosa comunidade dos Essênios de Qumran:


A ruptura com Jerusalém, efetivamente, deu-se por questões rituais, e as críticas morais com relação ao comportamento corrupto ou não ético dos sacerdotes que permaneceram em Jerusalém…” (O Novo Templo e a Aliança Sacerdotal da Comunidade de Qumran, São Paulo, 2009, Volume 1, nota de rodapé da página 263, citando a obra "contra REGEV, 2003, DSD X, pp. 244-5). 


Existe uma teoria de que João foi criado pelos Essênios desde criança. Sua mãe teria fugido para o deserto para proteger o seu bebê contra a ordem de matar todos os bebês; e, chegando no deserto, entregou o seu filho aos cuidados daquela comunidade. Isso explicaria a razão de ser dito que João crescia e se fortalecia no deserto (Lucas 1:80). Ora, por qual motivo uma criança, sendo filho de um dos importantes sacerdotes de Israel, crescia no terreno árido no deserto? Enfim, se isso estiver correto, explicaria a razão de João pregar no deserto em vez de dentro do Templo, bem como explicaria o motivo de Yeshua ter ido para o deserto passar pela unção das águas em vez de ter ido para o Templo construído por Herodes. 


2) YESHUA EXPULSA OS VENDILHÕES DO TEMPLO. 


Façamos a leitura do texto bíblico:


"Tendo Yeshua entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de ladrões." (Mateus 21: 12-13).



Explicando. Na época do Segundo Templo podemos encontrar bastantes erros. Por exemplo: (i) nem todos os sacerdotes eram levitas; (ii) estava havendo roubos nas vendas que eram realizadas no Templo; (iii) os sacerdotes não sacrificavam todos os animais como deveriam. Eles vendiam alguns secretamente para comerciantes fraudulentos e assim "ganhavam um dinheirinho extra”. 


Para fundamentar todas essas afirmações, consultaremos algumas informações importantes. Conforme a lição de E. Mary Smallwood, professora na Universidade de Oxford, nos tempos do Rei Herodes (o grande) qualquer pessoa poderia adquirir o direito de se tornar um sacerdote. Antes de Herodes este direito só era dado para descendentes hereditários da tribo de Levi. Eis o escólio da professora:


"O Sumo Sacerdócio dos Judeus era normalmente uma escolha hereditária de vida antes do reinado de Herodes, o Grande [...]. Sob Herodes, e até o ofício cessar de existir com a destruição do Templo, as escolhas eram termináveis e não estavam mais confinados a uma família. O poder de nomeação estava no princípio com Herodes e depois com Arquelau, o sucessor cujo reino incluía a Judéia e Jerusalém….” (High Priests and Politics in Roman Palestine, página 14). 


A partir daí, podemos compreender que os sacerdotes da época de Yeshua não eram todos da tribo de Levi. Alguns tinham alcançado este "direito" por meio do dinheiro. Muitos compraram o direito de administrar o Sacerdócio para fazer dele um negócio lucrativo para si mesmos, tanto é que há registros históricos de que a casa dos sacerdotes eram luxuosas. Este é o caso do Sumo-Sacerdote Caifás, que administrou o Sacerdócio entre os anos 18 a 36 d.C; ele não era da tribo de Levi.

 

Nesse sentido citaremos o Teólogo judeu, David H. Stern. Este estudioso registra um pequeno vislumbre sobre a vida pessoal dos saduceus, os quais formavam uma elite sacerdotal muito rica, que visava mais a vida materialista e apoiava o poder do governo romano. Em contrapartida, os fariseus não apoiavam totalmente o governo romano:


"...... Nos dias de Yeshua, os saduceus tendiam a ser mais ricos, mais céticos, mais carnais e cooperavam mais com os governantes romanos do que os fariseus.” (Comentário Judaico do Novo Testamento, Ed. Atos, 2008, página 44).


Richard A. Horsley também comenta a respeito do padrão de vida luxuoso dos sacerdotes:


…impressionantes achados arqueológicos de suas residências [falando sobre os Sacerdotes] em Jerusalém mostram o quão elegante o estilo de vida deles se tornou em estruturas espaçosas, sem dúvida mansões, que os arqueólogos descobriram nos anos de 1970, nós podemos ter pistas do estilo de vida esbanjador, com o piso feito de mosaicos floridos, nas recepções e salas de jantar com decorações elaborados, esculpidas nas paredes e com uma riqueza de louça fina, copos, tampas de mesa de pedra esculpida, e outros móveis interiores e estilos elegantes.” (Registrado na obra: The message and the Kingdom).


Conforme a Torá, as únicas pessoas autorizadas a realizar essas atividades sacrificiais eram somente pessoas da tribo de Levi. Se nos tempos de Yeshua outras pessoas estavam exercendo esta atividade, isto significa que o Templo estava corrompido. Pois, todos os que não eram da tribo de Levi eram tidos como imundos para administrar o sacerdócio levítico (Esdras 2: 62; Neemias 7: 64).


Sobre as vendas fraudulentas realizadas pelos sacerdotes, encontramos informações na nota de rodapé da Bíblia King James Fiel 1611 (sobre Mateus 21: 13). Eis o que está escrito:


“....a venda dos animais culturalmente aceitáveis transformaram-se em apenas lucrativo comércio, tanto que a área antes reservada já não comportava os estandes de vendas e haviam invadido até o recinto sagrado. Vários sacerdotes lideravam a corrupção institucionalizada no templo, posto que ao receberem os animais para holocausto, em vez de efetuarem o ritual do sacrifício, matavam apenas alguns deles, e repassavam todos os demais para comerciantes fraudulentos, que os revendiam sucessivas vezes." (Nota de rodapé da Bíblia King James Fiel 1611, sobre Mateus 21: 13).

 

Além desta informação podemos fornecer o comentário de Alfred Edersheim (1825-1889), um judeu convertido à fé cristã na última parte do século XIX. Ele fornece informações que nos ajudam a entender a revolta de Yeshua durante aquele episódio do Templo. Confira: 


Dos escritos judaicos, sabemos que a maioria das transações impróprias foi realizada, para tirar vantagem indevida das pessoas pobres que vieram oferecer seus sacrifícios. Assim, lemos (Talmud Keritot 1.7), que em uma ocasião o preço de dois pombos subiu à enorme figura de um denário de ouro. 


Dificilmente se pode duvidar que [os cambistas] tiveram que pagar uma porcentagem ou aluguel considerável aos principais oficiais do Templo... Se essa inferência, que está de acordo com a opinião judaica recebida, for admitida, obtemos muita luz com relação à purificação do Templo por Jesus, e às palavras que Ele falou nessa ocasião. Pois, nossa próxima posição é que, devido à injustiça do tráfego ocorrido nesses bazares e à ganância de seus proprietários, o "mercado do templo" era na época mais impopular

(....)

E se ainda restasse alguma dúvida na mente, certamente seria removida pela denúncia aberta de nosso Senhor ao mercado do templo como “um covil de ladrões”. Da avareza e corrupção dessa família do Sumo Sacerdote, tanto Josefo quanto os rabinos dão uma imagem muito terrível. Josefo descreve Anás (ou Ananus), o filho dos Anás do Novo Testamento, como 'um grande acumulador de dinheiro', muito rico e como espoliado pela violência aberta aos padres comuns de suas receitas oficiais. 

(…) 

Esses dolorosos avisos sobre o estado das coisas na época nos ajudam a entender melhor o que Cristo fez e quem eles se opunham a Ele. Mas agora também podemos entender porque os oficiais do Templo, a quem esses bazares pertenciam, apenas desafiaram a autoridade de Cristo ao purgar o Templo. 

(....) 

Não havia uma mão levantada, nem uma palavra proferida para prendê-lo, pois ele fez o flagelo de pequenas cordas (mesmo que isso não tenha significado) e com ela expulsou do templo as ovelhas e os bois; nem uma palavra foi dita, nem uma mão erguida, quando Ele derramou nos receptáculos o dinheiro dos cambiadores e derrubou suas mesas. 


Sua presença os impressionou, suas palavras despertaram até suas consciências; eles sabiam muito bem quão verdadeiras eram suas denúncias. E atrás dele estava reunida a multidão espantosa, que não podia deixar de simpatizar com uma vingança tão ousada, correta, real e messiânica. Santidade no templo devido ao tráfico nefasto de um Sacerdócio odiado, corrupto e avarento. 


É uma cena que vale a pena testemunhar por qualquer verdadeiro israelita, um protesto e um ato que, mesmo entre pessoas menos emocionais, lhe daria respeito, aprovação e admiração e qual, de qualquer forma, garantiu sua segurança." (The Life and Times of Jesus The Messiah, Chapter v, the Cleansing of the Temple- 'the sign,' which is not a sign, páginas 743 e 744).



3) YESHUA DESTRÓI A FIGUEIRA


Façamos a leitura do texto bíblico:


"E deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite. Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente." (Mateus 21:17-19). 


Explicando. Geralmente, as figueiras produziam os frutos antes das folhagens, de modo que quando existissem folhagens era sinal de que a árvore deveria ter frutos obrigatoriamente. Ao avistar a árvore de longe naquelas condições, Yeshua logo pensou que ela estava carregada de frutos, ainda que não fosse a época de figos, pois seria indício de que a terra era muito fértil. Mas, ao verificar que ela não produziu frutos, ordenou que ela secasse e assim aconteceu. 


Naquela ocasião, Yeshua trouxe uma mensagem para seus ouvintes sobre a questão da hipocrisia (que aparenta ter bons frutos, mas não possui). Daí, toda árvore que não produzisse bons frutos seria cortada. Ele estava falando essas coisas para os principais líderes religiosos que estavam ouvindo-lhe naquele momento, e não decretando rejeição à nação de Israel. 


4) A PARÁBOLA DA VINHA. 


Muitos entendem que o texto de Mateus 21:33-46 Yeshua declarando ir rejeitar o povo de Israel e escolher outro povo entre os gentios. Sobre isso escreveu o Cristão Herbert lockyer (1886–1984), confira:


"... Israel se mostrou tão teimoso, e, ainda assim, Deus lutou vez após  vez pacientemente, para trazê-lo para si. Por fim enviou seu Filho, seu herdeiro. O contraste entre os profetas do AT e Cristo é marcante: aqueles eram servos de Deus; esse era seu Filho e herdeiro. "Por último enviou-lhes seu filho". Enviar a Cristo foi a última tentativa da misericórdia divina para com o povo com o qual Deus tinha uma aliança...” (Todas as parábolas da Bíblia, Ed. Vida, 1999, página 285).


“..o reino de Deus seria tomado deles e da nação que representavam para ser dado a outro povo, e o Senhor da colheita esperava que essa outra nação demonstrasse ser mais frutífera..” (Ob. cit., página 286).


Milhares de obras já foram escritas falando sobre esta parábola, e a maioria sempre afirma a ideia de Yeshua rejeitar a nação de Israel. Todavia, este pensamento está errado, bastando conferir a seguinte declaração do apóstolo Paulo, o qual também explicou preferir ser chamado Anátema por amor ao seu povo (Romanos 9:3-5), façamos a leitura:


"Digo, pois: porventura rejeitou D'us o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. D'us não rejeitou o seu povo, que antes conheceu…". (Romanos 11: 1-2). 


Explicando. Yeshua decretou rejeição não à nação de Israel e sim contra alguns dos principais fariseus e sacerdotes (cf. Mateus 21: 23-24; Lucas 20: 1-2; Marcos 11: 27-28). Eles eram os responsáveis pela vinha (a nação de Israel), mas não souberam administrá-la corretamente, por isso a administração seria dada a outro que soubesse fazer isso corretamente:


"E os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas palavras, entenderam que falava deles" (Mateus 21: 45).


Anás e Caifás eram os principais sacerdotes (Lucas 3: 2). Eles é que comandavam a elite religiosa do Segundo Templo, mas tinham mais interesse na vida material do que na vida religiosa. Por serem saduceus, não acreditavam na ressurreição dos mortos, na imortalidade da alma, anjos e demônios; não acreditavam que todas as coisas estavam debaixo da soberania do ETERNO. Em todo o tempo que eles administraram o sacerdócio, arrumaram um jeito de fazer vendas fraudulentas, onde o preço dos animais foram aumentados absurdamente. E, com isso, começaram a ficar muito ricos. Por isso que Yeshua sustentou que o Templo estava sendo como um "covil de ladrões" (Mateus 21: 12-17).  


Se não bastasse o erro por parte dos sacerdotes, muitos fariseus (não todos) também estavam cometendo muitos erros. Os fariseus tomaram conta da questão religiosa do povo. Contudo, dentre os fariseus havia aqueles que eram literalmente hipócritas, que eram cegos e estavam guiando as pessoas para a perdição (Mateus 23: 27-35). Eles também tomavam conta do Sanhedrin (Sinédrio/ Tribunal), e excetuando-se alguns, podemos dizer que a justiça do tribunal havia se corrompido também. Podemos perceber que a justiça do Tribunal havia se corrompido através de dois fatores marcantes: (1) a morte de Yeshua, e (2) a morte de Estevão.


Estes dois personagens foram mortos à custa de calúnias, e quem incentivava as calúnias eram os hipócritas dentre os fariseus. Se caso a justiça do tribunal estivesse sendo legislada da forma que o ETERNO ordenou desde o princípio, as pessoas que realmente deveriam ter sido punidas eram os caluniadores. Yeshua e Estevão, eles deveriam ter sido inocentados já que não foram apresentadas provas irrefutáveis contra eles.  Através disso já podemos notar que o farisaísmo havia se corrompido e que o conselho do tribunal já não seguia mais corretamente a legislação entregue pelo ETERNO. Por essa razão, para que mais inocentes não fossem mortos "em nome da Torá”, o ETERNO permitiu que o Sanhedrin fosse destruído em 70 d.C com o Templo Levítico.  


Conforme o texto examinado, Yeshua tiraria a autoridade daqueles líderes religiosos e daria a outros. Quem eram esses outros que estariam recebendo a autoridade de liderança? É simples, quem recebeu a autoridade foram os apóstolos. Eles passaram a tomar de conta da liderança espiritual, levando pessoas a adorar o ETERNO com uma verdadeira pureza no coração. Para reforçar essa afirmação, será citado o argumento do professor nazareno, Tsadok Ben Derech:


“...Yeshua concedeu a Kefá [Pedro] e aos outros emissários a autoridade para estabelecer halachá, isto é, tomar decisões sobre o sentido da Torá, explicitando o modo pelo qual seus mandamentos deveriam ser guardados pela comunidade de discípulos. No Judaísmo antigo, as “chaves” (Mt 16:19) são um símbolo da autoridade haláquica (Is 22:21-22; Lc 11:52; Ap 3:7).


Em suma, já que Yeshua detém a “chave” (Ap 3:7), o Mashiach transferiu a seus sh’lichim (emissários/ “apóstolos”) a autoridade para estabelecer a verdadeira halachá, inferindo-se daí que os nazarenos não estariam submetidos às decisões dos fariseus, saduceus e essênios. Esta autoridade foi dada a  Kefá (Mt 16:19) e a todos os shʼlichim (Mt 18:18-20), de modo conjunto, inexistindo a concentração de poder nas mãos de "Pedro"....” (Judaísmo Nazareno: O Caminho de Yeshua e de seus Talmidim, 3ª edição, 2017, página 478).


Foi devido à péssima administração dos sacerdotes e dos fariseus que a autoridade lhes foi retirada. E essa autoridade fora dada para os apóstolos, que desde então estariam assumindo uma verdadeira liderança, levando as boas novas para as outras nações, fazendo as pessoas se achegar ao ETERNO, se arrependendo de seus pecados. É aqui que se encaixa a frase “.. e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos…”. Literalmente, os discípulos de Yeshua deram bastantes frutos e ainda hoje muitas pessoas foram alcançadas graças aos esforços destes personagens bíblicos. 




Seja iluminado!!! 



Gostou do post? Compartilhe com seus amigos:

Postar um comentário

0 Comentários