Por: Cleiton Gomes
Logo após receber as tábuas de pedra, Moisés ordenou que os adoradores do bezerro de ouro fossem mortos por conta da desobediência ao mandamento de "não praticar a idolatria" (Êxodo 20:2-5; 32:27). No entanto, existe a ordem dizendo para "não matar" (Êxodo 20:13), será então que Moisés também praticou pecado ao dar aquela ordem?
A resposta para essa questão está no texto em hebraico, pois, a expressão correta é רָצַח (rātsahh - ratsarr/ "não assassinar"). É certo que "assassinar" possui o sentido de "matar", mas nem sempre "matar" significa "assassinar". Exemplos: (1) A nação X atacou Y e muitos soldados de X foram abatidos. Aqueles que abateram estes soldados não cometeram assassinato, porquanto estavam em legítima defesa, protegendo os civis de sua própria nação. Contudo, se os soldados inimigos se renderam e pediram paz por entender que se tratava de um mal-entendido, e houvesse muitas testemunhas durante o ato; se os soldados inimigos fossem mortos, isso poderia ser considerado assassinato;
(2) Num tiroteio entre policiais e bandidos que acabaram de matar civis durante o roubo ao banco, os criminosos foram mortos pelos polícias durante a perseguição. A morte deles não pode ser considerada assassinato, mas exclusão de ilicitude, ou seja, os agentes da polícia não cometeram crime, pois estavam cumprindo o seu dever legal ao abater os malfeitores. Mas se os bandidos se rendem e não resistem à prisão, e mesmo assim os policiais "acabam o serviço", então é assassinato e responderão por isso.
Assim, quando Moisés ordenou a morte dos idólatras, ele estava amparado pela lei, agindo conforme a autoridade constituída pelo próprio ETERNO para punir aquele tipo de crime contra a Sua Soberania.
Seja iluminado!!!
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