O que é a Torá?

Por: Cleiton Gomes 


Diversas pessoas, quando leem nossas postagens falando sobre a Torá, questionam qual o significado desta palavra. Alguns até chegam a pensar que se trata de "cortar o pedaço de algo", e outros pensam se referir à relação sexual (por conta da mente poluída que possuem). Não os culpo por pensar dessa maneira, por não ser comum tal expressão em nossa cultura brasileira. 


A verdade é que "Torá" ou "Torah" é outra forma de se referir à "Palavra de D'us". Isso mesmo, ela é a Palavra do Santíssimo Criador, que nos entregou para podermos andar na luz em vez da escuridão (Salmos 119: 105), andar em liberdade ao invés de andar na escuridão do engano (Salmos 119: 43-45 combinado com Isaías 8:20). O significado desta palavra é simples: "instrução", "orientação", "doutrina" (cf. Êxodo 24:12). Foi traduzido para o português apenas como "Lei", conhecida apenas como "Pentateuco" e "Lei de Moisés". Porém, as pessoas deviam saber que a expressão "lei de Moisés" também é outra forma se referir à Palavra de D'us, bastando consultar a descrição em Neemias 8:1, 18.  


Sabendo que a "Lei de Moisés" ( = torah) é a própria Palavra de D'us, fica simples entender que ela é celestial e espiritual. O apóstolo Paulo entendia bem esse conceito (Romanos 7:14). O Mestre Yeshua também sabia que a expressão "Lei de Moisés" era apenas uma forma de poesia hebraica, por isso, ao defender o mandamento de honrar pai e mãe estatuído na lei de Moisés (Deuteronômio 5:16), afirmou para alguns dos fariseus que eles estavam anulando a Palavra de D'us através de suas próprias tradições (Marcos 7:8-13).


Daí, podemos notar que Yeshua e seus talmidim (discípulos) nunca batalharam contra os mandamentos da Torá, como se estivessem tentando anulá-la. Pelo contrário, ele e seus discípulos defenderam-na contra falsos pensamentos e tradições, isso é o que muitos teólogos cristãos não entenderam até hoje, por isso vivem afirmando que a Torá se tornou caduca e inútil. 


Em que pese nutrir respeito aos que pensam ser Yeshua um inimigo da lei de Moisés, sentimos em dizer que esse pensamento é incompatível com os escritos dos discípulos de Yeshua. Ora veja, o apóstolo Paulo era bastante conhecedor da tradição oral judaica, e sabia que um mediador havia ensinado o conhecimento da Torá para Moisés (Gálatas 3:19).


Conforme a tradição judaica antiga, Moisés  fora arrebatado em espírito e levado aos céus (alguns dizem ter sido corporalmente), para obter o aprendizado da Torá. Ele passou vários dias nesse aprendizado, mas quando estava retornando dos céus, viu mundos que jaziam tipos diferentes de seres espirituais, algo que abalou seu psicológico a ponto de levá-lo ao esquecimento do que havia aprendido recentemente, de tal forma que o Mediador (também chamado Yefefiyah), teve que ir devolver a sua memória (Bibliografia: R. Louis Ginzberg; Legends of the Jews, Vol. 1, Jewish Publication Society, 2003, página 614 e 615/ ). 


No mesmo sentido, o Livro dos Jubileus registrou:


"E ele disse ao Anjo da Presença: "escreva para Moisés do início da criação até a construção de meu santuário entre eles por toda a eternidade". 


Quem é o Anjo da Presença na literatura judaica? Este Anjo é chamado "Shechiná" (a presença majestosa do ETERNO), que também é chamado de "Metatron" (Referências: Zohar 2: 115; 3: 227; e também: Zohar, volume III, página 281, Amsterdam Edition). O professor Howard Schwartz também comentou que o anjo da presença identificado no livro de jubileus é o próprio Metatron (ref: Tree of Souls: The Mythology of Judaism, Oxford, University Press, 2004, página 270). 


Eis uma das lições do Zohar (o livro do Esplendor):


Metatron é o Mediador de tudo que vai do céu para a terra, e de tudo que vai da terra para o céu". (Zohar, volume II, Shemot, página 51, Amsterdam Edition).


Sabemos, pelo apóstolo Paulo, que existe apenas um mediador celestial, o Messias (1 Timóteo 2:5). Disso resulta que o Messias preexistia antes de ser manifestado na carne, não como uma ideia ou plano na mente do ETERNO, mas como um ser real e inteligente, e foi ele quem ensinou o conhecimento da Torá para Moisés, tornando-o um tipo de discípulo.  Assim sendo, todo conhecimento da Torá que Moisés proclamou não contraria em nada o pensamento de Yeshua, vice-versa. Além disso, diante dessas informações, ficamos cientes de que os discípulos do nazareno não inventaram o pensamento de que existiram a presença de anjos durante a outorga do conhecimento da Torá, caindo por terra o enganoso pensamento dos antimissionários. 



Seja iluminado!!! 




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