Por: Cleiton Gomes
Iniciei minha jornada de fé no mundo cristão, onde cresci aprendendo que o Messias rejeitou Israel e escolheu outro povo a partir dos gentios. Nesse mesmo processo, ele teria rejeitado os ensinamentos da lei de Moisés, abolindo-a. Assim, seus discípulos passaram a defender que a lei de Moisés era um esterco maldito, que gerava maldição em quem a praticasse. Claro, nem todas as organizações cristãs pensam desta maneira, mas a maioria acredita assim.
Inconformado com este modo de pensar, comecei a visitar vários sites judaicos em busca de interpretar a Escritura à luz do pensamento judaico antigo, embora eu ainda carregasse antissemitismo em meu coração. Comprei vários livros para estudar; no final de dois anos estudando diariamente, toda a teologia que estava em minha mente começou a entrar em colapso e desmoronar.
Minha mente começou a repelir todo o pensamento normativo cristão, chegando ao ponto da “crise existencial”. Daí, vieram noites mal dormidas e ódio por todo o engano; em resumo, quase me tornei ateu por desconhecer a Escritura, pois, na medida que eu questionava o Cristianismo também comecei a questionar o Judaísmo, ficando sem saber no que confiar. Porém, gradualmente comecei a “esfriar a cabeça” e pensar melhor sobre as futuras decisões que deveria tomar e o que deveria ensinar às pessoas.
E aqui estou atualmente, defendendo a Escritura à luz do pensamento judaico, tendo um livro escrito com mais de 400 páginas defendendo Yeshua e os apóstolos, mostrando que todos foram grandes defensores da lei divina. Enfim, vamos deixar minha vida pessoal de lado e começar a tecer comentários sobre o pensamento normativo cristão.
O apóstolo Paulo ensinou que o anticristo é o homem do pecado, que atua em favor dos ideais Satanás (2 Tessalonicenses 2: 3-12). A palavra “pecado” na descrição sobre o anticristo é "anomia" (ou: anomos), cuja definição no dicionário bíblico é: "rebeldia contra a lei" (Strong: G458). Esta também foi a definição dada pelo apóstolo João (1 João 3:4-10). Daí, o homem do pecado é alguém que vem para se rebelar contra a lei, de maneira que se Yeshua tivesse batalhado contra a lei divina, este seria o próprio anticristo.
Paulo também ensinou que o anticristo fará grandes maravilhas, de maneira que muitos serão seduzidos com seus ensinamentos agradáveis, caindo em apostasia. Essa última palavra quer dizer “abandono da verdade”. Sabemos, pela Escritura, que a verdade é a própria lei divina (Salmos 119: 142,151), daí, apostasia significa abandonar as leis divinas. Desse modo, se Yeshua batalhou contra a lei divina, então ele afastava as pessoas de próximo da verdade, levando milhares para a apostasia.
A sagrada escritura também descreve os falsos profetas como sendo agentes do engano, que afastam as pessoas de próximo da lei divina, privando-as da obediência (Deuteronômio 13: 1-5). Sabemos que Yeshua era profeta, e se ele pregou contra a lei divina, então ele era um falso profeta.
Os escritores bíblicos também disseram que a lei é a luz divina (Provérbios 6:23; Salmos 119: 105; Isaías 8:20). Assim, se Yeshua combateu a lei divina, significa dizer que ele era um agente das trevas.
E outra: o Messias prometido tem a missão de levar a palavra de restauração para às Duas Casas de Israel, firmando a nova aliança, sendo a cláusula principal: "introduzir o conhecimento da lei divina em seus corações, para ser ministrada através da iluminação do Espírito” (Ezequiel 36: 26-27; 37: 1-25; Jeremias 31: 33-37; Isaías 42:1-12). Disso resulta que, se Yeshua rejeitou o povo de Israel e combateu a lei divina, de modo algum ele pode ser o Messias prometido! Sem falar que nunca iria existir uma nova aliança tal como foi profetizada por Jeremias e outros profetas, afinal, ela foi prometida para às Duas Casas de Israel e se este povo foi rejeitado, não há como realizar a promessa!
À luz do que acabou de ser estudado, o Yeshua pregado pela teologia normativa cristã possui as seguintes características: ele era:
1) Falso mestre;
2) Falso profeta;
3) Agente das trevas;
4) Ferramenta do engano, que age segundo os ideais de Satanás;
5) Falso Messias;
6) Inimigo da verdade.
Portanto, leitores cristãos, pensem bem a respeito do que é ensinado a respeito de Yeshua. Ao ensinar que ele combateu Israel e também rejeitou a lei divina, estão declarando que ele vem para ser o próprio anticristo. É por isso que muitos judeus, ao ouvir pregações cristãs, logo concluem: "o Jesus cristão não possui as qualificações para ser o Messias prometido”. E assim continua surgindo diversos antimissionários (pessoas que não crêem em Yeshua como legítimo Messias) nas redes sociais, acusando os escritos dos apóstolos (vulgo: Novo Testamento) como sendo um documento antissemita e pagão!
Querido leitor, a lei divina é um manual que ensina o homem a como retornar para os braços do Pai celestial (Jeremias 2: 20; 6: 16, 19), razão pela qual Satanás luta para impedir as pessoas de viverem na obediência a esta lei. Enquanto as pessoas a desprezam, estarão vivendo em pecado, privados do direito de vida eterna. Saibam que Yeshua nunca pregou contra a lei divina, pelo contrário, ele demonstrou seu grande amor por ela e instigou seus discípulos a fazer o mesmo (João 15:9-10; I João 5:2-3).
Fuja dos enganos do inimigo de nossas almas! Ele usou a serpente no jardim do éden para afastar as pessoas do caminho da obediência, e agora está tentando fazer a mesma coisa através de teologias humanas!
Seja iluminado!!!
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