A Bíblia apoia o estupro?

Por: Cleiton Gomes



Há um texto na sagrada escritura que fala sobre o estupro, que tem sido mal interpretado pelos leigos e por aqueles que não querem um verdadeiro compromisso com D'us. O texto em questão é Deuteronômio 22: 28-29, que diz:


"Se um homem achar moça virgem, que não está desposada, e a pegar, e se deitar com ela, e forem apanhados, então, o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinqüenta siclos de prata; e, uma vez que a humilhou, lhe será por mulher; não poderá mandá-la embora durante a sua vida." (Dt 22:28-29).


Alguns céticos argumentam que esse texto defende o estupro e que a única punição era o homem casar com a mulher, o que para nós seria algo totalmente grave. Ora, “um macho estuprou minha filha e ainda por cima tenho que aceitar que ele case com ela? Nem por cima do meu cadáver", diriam alguns homens que já são pais. 


A pergunta a ser feita é, esse texto realmente defende o estupro? A resposta é absolutamente negativa, pois, o próprio contexto joga por terra a ideia absurda de que o estupro é apoiado pela Escritura. Ao ler o contexto iremos nos deparar com alguns exemplos, onde um deles é que um homem teria realizado ato sexual com uma mulher comprometida. Se a mulher gritasse, significava que ela não estava consentido com aquele ato, e portanto, era um estupro. Nesse caso, aquele homem deveria ser sentenciado à morte e a mulher seria tido como inocente e não morreria. 


Temos também outro exemplo, se a mulher fosse comprometida e outro homem tivesse relação com ela e a mesma não gritasse pedindo ajuda, significaria que ela consentiu com aquele ato. Nesse caso, isso não seria visto como estupro e sim como adultério, e portanto, todos os dois seriam sentenciados à morte. 


Por fim, temos o exemplo de uma moça virgem, que não tinha compromisso com homem algum. Se um homem tivesse relação sexual com ela e ela não gritasse pedindo ajuda, significaria que ela consentiu com aquele ato. Nesse caso, isso não seria visto como estupro, pois ela consentiu. E como ela ainda era virgem antes daquele ato, a decisão mais sensata seria permitir que o casamento deles fosse realizado, pois, aquele homem tinha tirado a dignidade daquela virgem, já que uma moça "não-virgem" tinha uma reputação manchada. Afinal, perder a virgindade muito cedo, e antes do casamento, sempre foi visto como algo indecente e incorreto. 


Esse último exemplo bíblico é compatível com os dias atuais, na tão conhecida "fase de namoro". Na fase de namoro muitos jovens acabam se deixando levar pela vontade sexual, por fim, acabam realizando sexo antes do casamento. Quando os pais daquela moça descobrem que sua filha está realizando tais coisas às escondidas, eles tratam de entrar em contato com aquele homem, dizendo que agora ele tem que casar com a filha dele, caso contrário sofrerá alguma punição. Aliás, ter que casar com a mulher que ele teve relação sexual não seria visto como uma punição severa, quem concorda comigo? Ora, se eles se "pegaram" é porque um gosta do outro. 


É assim que podemos entender o texto bíblico. Se a virgem transou com aquele homem e não gritou pedindo ajuda, significa que ela conhecia o homem e gostava dele. Portanto, isso não é visto como estupro e sim como um ato de total consentimento. E mesmo não sendo estupro, ainda havia a possibilidade de eles serem sentenciados à morte se caso eles não viessem a se casar. Isso porque eles estavam praticando imoralidade sexual, a prostituição, e isso era um pecado grave. No olhar crítico do ETERNO, qualquer homem e mulher que perde a virgindade antes do casamento e não tem a intenção de casar, é visto como prostituto (a).


Só para argumentar. A virgindade, desde o começo dos tempos, sempre foi algo que os pais de família valorizaram. Porém, as gerações do futuro estão esquecendo esses valores e permitem que seus filhos se relacionem sexualmente com quem quiser e quando quiser, sem compromisso. Apenas dizem "aproveite enquanto você é jovem", "experimente vários ou várias antes de casar", etc. O mundo atual está ficando totalmente liberal e imoral, e são poucos os pais de família que ainda aconselham os seus filhos sobre os verdadeiros valores do relacionamento conjugal. 



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