Pêssach: saindo às pressas do Egito (parte 3)

Por: Cleiton Gomes 


No estudo anterior falamos a respeito de como o ETERNO livrou o primogênito dos israelitas, dizendo para eles deixarem a marca do sangue do cordeiro na porta de suas residências. Bem, aquela foi a última praga que recaiu contra o Egito, a praga mortal que assombrou toda a terra do Egito. 




Quando Faraó acorda e vê seu filho morto, bem como passa a ter conhecimento de que os filhos de vários egípcios haviam morrido, rapidamente manda que todos os israelitas fossem embora do Egito, tendo o direito de levar todos os seus animais com eles (Êxodo 12: 30-36). Eles foram praticamente expulsos do Egito, uma vez que os egípcios temiam que fossem todos morrer. Foi nessa hora que todos os israelitas saíram às pressas do Egito e a massa que eles haviam preparado para comer ainda não havia tido tempo para entrar no processo de fermentação:


"E o povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em suas roupas sobre seus ombros." (Êxodo 12:34). 


"Com a massa que haviam trazido do Egito, fizeram pães sem fermento. A massa não tinha fermentado, pois eles foram expulsos do Egito e não tiveram tempo de preparar comida." (Êxodo 12:39). 



Bem, temos que saber de mais um detalhe. Não foi somente a festa de Pêssach que foi criada naquele dia. Veja bem, os israelitas deveriam imolar o animal no final da tarde e comessem ao raiar do outro dia. Se o dia em questão era o dia 14 e o dia seguinte era o dia 15, então, os israelitas deveriam comer a carne do cordeiro no início do dia 15. E neste outro também foi estatuído uma outra festa, a festa de massa sem fermento, ou como é conhecida: “festa de pães ázimos." É por isso que no jantar dos israelitas também se fazia presente a massa sem fermento, e também as ervas amargas. Mas, o que significa a massa sem fermento e as ervas amargas? 


Já sabemos que o cordeiro era para servir de alimento e o seu sangue era para servir de proteção contra a morte. Assim, quem estava protegido com o sangue do cordeiro não deveria temer a morte já que o mal não lhe tocaria. 


A MASSA SEM FERMENTO 


A massa não-levedada ("sem fermento") significava que o ETERNO tirou o povo de Israel às pressas do Egito, mostrando que a libertação acontece num momento em que as pessoas menos esperam. Também significa que o ETERNO está purificando o seu povo, separando eles do meio do povo das trevas, por isso a massa não tinha fermento. A massa com fermento era tida como símbolo de corrupção e maldade, como símbolo de trevas: "Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito…” (Êxodo 12:17). Portanto, a intenção de comer massa sem fermento, simboliza que estamos sendo purificados de todo o mal. 



ERVAS AMARGAS 


As ervas amargas, por sua vez, eram símbolos da amargura que o povo de Israel teve que enfrentar durante os anos que eles passaram sendo oprimidos com o trabalho árduo no Egito. Era para relembrar o sofrimento que eles passaram durante todos aqueles anos, mas que após a libertação promovida pelo ETERNO, o choro de tristeza se converteria em choros de alegria. 



O VINHO 


Com o passar dos anos foi adicionado o suco da uva (o vinho), que surgiu como símbolo do sangue que foi derramado para lhes proteger, já que o vinho tem a cor vermelha. Por isso que atualmente os israelitas utilizam o vinho durante a celebração do jantar de Pêssach. 


Talvez alguém esteja se perguntando: O  Pêssach ainda deve ser celebrado? Bem, essa pergunta só será respondida no próximo estudo, para que este texto aqui não fique tão extenso. 



Seja iluminado!!! 


Continua… 



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