Por: Cleiton Gomes
O nome Barrabás significa "filho do pai". Ele era um israelita, membro do grupo chamado de "Zelotes", que lutavam pelo direito da liberdade de sua nação (Israel). Na época em que ele viveu, os romanos tinham tomado o direito de liberdade de Israel, fazendo com que o povo pagasse pesados tributos.
Barrabás é descrito nas Escrituras como sendo um "assassino", um "criminoso". Ele ganhou esse título quando resolveu matar soldados Romanos, e como recompensa, acabou sendo preso como sendo um traidor contra Roma. E esperava preso até o dia em que houvesse de ser crucificado. Na vista dos judeus, Barrabás era um guerreiro corajoso e destemido, mas para os romanos ele não passava de um mero rebelde.
Para a sorte desse homem, prenderam Yeshua sem terem acusações irrefutáveis contra ele (tudo por causa da inveja do ministério que ele tinha). E na hora de decidir quem seria solto durante o pedido feito por Pilatos, decidiram escolher Barrabás em vez de Yeshua. Isso porque sabiam que Barrabás lutava contra os romanos, ele era um revolucionário que ansiava ver o seu povo sendo libertado daquele cativeiro. E ele fazia isso não com discursos formais, e sim com a sua espada. Do contrário, nunca ouviram ou viram que Yeshua sequer levantou a espada para cortar alguém, levando o povo a acreditar que era mais proveitoso libertar Barrabás do que a Yeshua.
Porém, muitos dos que estavam ali, não imaginavam que Yeshua não estava prometendo uma libertação física durante aquela época, mas sim uma libertação espiritual bem trabalhada. O povo não conseguiu entender isso porque queria soluções perceptíveis e rápidas. Estavam enxergando os fatos somente através de uma visão materialista. Em vez de escolher alguém que pudesse libertá-los de uma prisão espiritual e os desse direito à vida eterna, escolheram alguém em que acreditaram que pudesse vencer a guerra contra os romanos, pondo-os em uma liberdade física. E essa crença materialista continuou a acontecer durante os anos 132 a 135 D.C, onde muitos judeus se aliaram a Bar Kochba, acreditando que ele seria o Messias que libertaria o povo de Israel da opressão dos inimigos. Mas sabemos que ele não era o Messias, e que perdeu aquela batalha.
Aqueles que sempre escolheram outras pessoas em vez de Yeshua, estavam com a visão espiritual fechada, sem entendimento. Eles não acreditaram que Yeshua pudesse realizar esse tipo de libertação, por isso também não deram crédito ao que os apóstolos estavam ensinando.
Não obstante, sabemos que o papel profético sobre o Messias, é no sentido de que ele veio primeiro para libertar as pessoas do cativeiro espiritual, razão pela qual sua morte e derramamento de sangue foi necessária. Mas ele também travará uma batalha contra todos os inimigos de Israel, numa guerra que para nós mesmos ainda é futura chamada de "Gogue e Magogue". É um evento onde todas as nações vão se unir para destruir Israel, e serão impedidos pelo Messias com mão forte.
Assim, podemos entender que as pessoas da época de Yeshua, estavam querendo apressar um propósito divino que não estava marcado para aquela época, mas para uma época vindoura. Foi por isso que Yeshua nunca levantou uma espada contra Roma, pois a missão dele naquela época era de levar pessoas ao arrependimento, para que pudessem ser libertados primeiramente do modo de pensar carnal e voltassem a ser guiados pelo Espírito do ETERNO.
Resumindo, tanto Yeshua quanto Barrabás estavam a favor de Israel. No entanto, as circunstâncias impediram que ambos pudessem desfrutar da liberdade naquele mesmo episódio. Mas, sabemos que a morte do Messias era necessária para fazer expiação de pecados, então, aquela "troca" de personagens durante o pedido de Pilatos foi necessária. E assim Barrabás pôde desfrutar de liberdade desde aquele momento.
Nós, crentes em Yeshua, sabemos que o Mestre ressuscitou dentre os mortos e que não está aprisionado em nenhum lugar. Ele está livre. Posso, então, concluir que a libertação de Barrabás estava nos planos do Messias.
“... Nada é por acaso...”
Seja iluminado!!!
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